Relacionado às perdas de transmissão de energia, o fator de potência é um fenômeno produzido pelas cargas que possuem indutâncias, ou seja, todas aquelas que possuem enrolamentos, tais como transformadores, motores, reatores de lâmpadas fluorescentes, etc. Geralmente, é desejável que o sistema elétrico tenha alto fator de potência para melhorar a regulação de tensão da carga.
O excedente reativo na rede produz perdas desnecessárias e aumenta o custo do próprio sistema, pois há a necessidade da instalação de condutores com bitola superior e, consequentemente, a estrutura física deve ser reforçada. Além disso, a legislação permite às concessionárias cobrarem do consumidor pesadas multas devidas ao reativo excessivo.
Podemos classificar o fator de potência como:
– Indutivo: quando a instalação elétrica absorve a energia reativa;
– Capacitivo: quando a instalação elétrica fornece a energia reativa.
Além disso, um fator de potência medido em uma instalação que esteja abaixo de 0,92 não está atendendo à legislação vigente e deve ser corrigido para evitar o pagamento de multas, além de indicar que a energia elétrica consumida está sendo mal aproveitada.
A Autotec executa a análise dentro das indústrias, comércios e condomínios, realizando estudos da instalação, que muitas vezes acabam levando à tomada de decisões como a instalação de “bancos de capacitores”, “bancos filtro ativo de harmônicas” e outros equipamentos para adequar a instalação. Assim, nossos clientes deixam de pagar multas desnecessárias por usar melhor sua energia, e todo o sistema elétrico nacional ganha com isso.
TIPOS DE CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
Fixos: corrige equipamentos individualmente
Semi-automáticos: corrige a energia reativa de acordo com a programação desejada. Automáticos: corrige a energia reativa automaticamente em todos os períodos de acordo com a demanda. Dessintonizados: para instalação elétrica com alto índice de distorção harmônica (DHT).
A aplicação errada em banco de capacitores pode gerar efeitos indesejados ao cliente. Dentre as possíveis consequências da aplicação errada de bancos capacitores fixos ou automáticos está:
1 - Cálculo errado das necessidades em kVAr do cliente: correção do fator de potência insuficiente ou excessiva (as duas situações continuam gerando penalidades financeiras/multas por parte das concessionárias);
2 - Instalação com nível de harmônicas alto (são fenômenos que distorcem a forma da energia fornecida pela concessionária):
– Perda de vida útil acelerada no capacitor e consequente retorno do pagamento da penalidade/multa à concessionária;
– Explosão ou incêndio dos capacitores, consequentes danos à instalação elétrica e risco de vida (devem ser usados sempre capacitores com dispositivo mecânico de proteção para eliminar este risco).
3 – Dimensionamento inadequado dos componentes do banco de capacitores, tais como cabos, chaves, disjuntores e fusíveis, contatores, controladores e reatores acarretam custo adicional do equipamento e, ainda, possível correção inadequada do fator de potência.
4 – Tensão nominal do capacitor incompatível com tensão da rede: capacitores dimensionados de forma inadequada para a região onde a tensão da rede sofre oscilações constantes.
5 – TC instalado de forma incorreta ou avariado: o controlador de fator de potência acionará as células capacitivas de forma errônea, gerando riscos de queima de componentes e multas na conta de energia.
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